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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"Você é responsável por tudo que cativa"?

Você é todo invertido. De seus braços a seus princípios.
Eu nem sei entender, mas eu quero consertar. Perfecionista, não sei reconhecer as causas perdidas. Eu não sei perder. Talvez por isso ainda insista, talvez nem exista a ternura que nutro por você.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eu penso, não sei como sentir.
Sinto. Nubla-se a razão.
Eu sou!
Não...
Quem sou?
Só sei o que não quero.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

i want your horror, i want your desire.

Perfumada droga doce,
inebriante.
Antes estéril fosse,
deixa impotente a razão.
Mas porque não?
É tão belo:
possessivo.
O velo e permaneço submisso.
Enquanto fico perto sumo,
se fico longe não há eu,
o que dói é o que não assumo:
aqui não há o que não seja seu.
A poeira,
cemitério de estrela,
espirala a seu favor.
Espero que não seja amor.
Não é do meu fetio,
Negócio doentio!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Gimme truth and i'll give you something good to die for

 Tolos, só o que vejo são tolices. Os fatos dançam nus em frente a seus olhos e você comenta suas roupas. Uber-estima, estima-se falsamente e não convence, Ao menos não a mim. Tola, tola, não machuca se tolir com tanto ardor? O quão bela é esta verdade de cílios postiços e espartilhos apertados, a ponto de não querer a despir?
 Enfim, insana sou eu. Louca. Na busca da verdade absoluta tornei-me dura. Há cura?
  Não sentirei o que não alcançar as vistas, mas as pistas do que está por vir estão todas mal escondidas, só são boas para quem as oculta.
 Mas eu gosto é da verdade crua, cruel, a que transpira o sangue ainda quente, cheira a morte. Com sorte quem morre não sou eu. O tempo corre. Morreu muita coisa dentro de mim e não direi que não doeu, mas fez de mim quem sou. O que não finda acresce. Essa é a dádiva.
 Mas os tolos a merecem? Só merece quem quer.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Anagrama

Ama sem querer,
se engana,
Clama por dor.

A alma
sem compromisso,
pede estupor,
mal sabe definir isso.

O calor a inflama
já nem dá para enxergar.
Demasiado fina a trama
prevejo ela rasgar.

Solidão,
Ela reclama.
Há o resto do poder em mãos,
Sem meios não há de aleijar

Que fim dar a este anagrama?
Drama a lhe dilacerar.

Frozen

 Era frio, frio não, congelante. A temperatura era seguramente abaixo de zero.
 Uma torre de aço gelado erguia-se imponente na paisagem plana e desesperadoramente branca. Havia gelo até onde a vista alcançava, era como se a temperatura houvesse congelado o próprio tempo.
 A grande torre era a morada final, era onde jazeria até o fim das eras. Lá, longe do calor abrasivo e a maldita acidez do ar, sua beleza e seus bens ficariam parados. Estáticos. Vivos, como se o finado dono estivesse esperando para ser acordado após um descanço. Eterno era também o inverno. Inflexivel, invencível. Tudo estaria lá, sempre no auge. Mas havia, a batalha contra o tempo, sido vencida?

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