Dez meses em duas horas. O que sobrou, na escuridao, gritava para ninguem em lugar algum. De qualquer plano estava fora, o descaso com os outros desprezava a si mesmo.
Ja nao havia dor, desespero ou rancor, porem se fora o amor, a alegria e qualquer calor. Nem fome, nem frio a esperavam. Mas sua razao mal funcionava, pois ate pensar lhe levava as lagrimas. Aquelas coisas cheias de significado nao tinham investigador.
O monstro disfacado em setas e numeros lentamente a consumira, a lhe ceifar. Agora ela era uma maquina, e nem de longe isso era tao bom quanto imaginara.
A unica coisa que havia sobrado para sentir era o desespero do fato de nao ser o centro do mundo de ninguem, nem dela mesma.
Verdade. Mesmo que nos digam que somos "únicos", não significa que cada um de nós tenha que ser o centro do mundo. É um egocentrismo de quem se fascina com o próprio umbigo, que outrora era seu elo com outro alguém que lhe provia a vida.
ResponderExcluirEssas coisas...