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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Liberdade

 Ela era leve.
 Ela era tão leve quanto os fios de seda que ela jogara ao vento, não só leve, ela era livre. Ser livre não é não ter restrições, cobranças ou responsabilidades, é ter tudo isso e não se importar com nada.
 De seus músculos doloridos por exercício indiscriminado à pele queimada, à voz rouca, ela sentia tudo, nada era incomodo... era delicioso. Gritaria e correria, seria chamada de louca, sem se importar.
 As folhas nas árvores na frente da sua casa nunca foram tão lindas: elas transpiravam vida, as flores naquela árvore eram do purpura mais intenso que seus olhos esperimentaram, e o céu... Aaah, o céu! Ela era o céu. Ela era tudo entre ele e aquela árvore, ela sentia a brisa naquelas folhas, ela era as flores que desabrochavam. Ela não deixara seu corpo, ela apenas se sentia mais, ela era tudo, mas nada a pertencia só fazia parte dela.
Sentia tudo e não sentia nada, ela flutuava sobre todos os demais. Ela realmente vivia. Hiperpotente e onisciente, sabendo de tudo, sem ser afetetada. Ela era Deus. Ou pelo menos era assim que ele deveria se sentir, se é que existia.
 Não havia nem as palavras, havia Ela. Puramente ela.

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